quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A insustentável leveza do ser.

Esta semana esta sendo uma correria, uma prova para minha capacidade de me organizar, afinal caos e o meu sobrenome.
Estou sem vendedora desde Terça, maridon viajando, crianças no semi integral, enfim, sabe aqueles dias que vc precisa se dividir como uma ameba?
Hoje depois da segunda entrevista para vendedora, comecei a organizar mais uma parte da loja que a antiga vendedora nem olhava, me preparando para ir ao SETRAN e depois voltar a lojinha. Eis que o telefone toca e descubro que meu pequenino esta com febrão na escola, pois bem, fecha lojinha as 16hs, corre no SETRAN e vai para escola buscar as crias e claro já pensando em um milhão de coisas que deixei de fazer, que tenho que fazer, se voltaria pra loja com os meninos, cabecinha rodando mais que roda gigante de parquinho itinerante.
Foi então, quase chegando na escola que vi uma cena tão acalentadora, comtemplativa, sei lá, talvez eu esteja somente muito sensível. Vi uma menina de uns 13, 14 anos, bem magrinha, assim como eu fui, com os cabelos num coque mal feito com um elástico, com agasalho, nao sei se da escola ou por conforto. Ela esta ouvindo alguma coisa com seus fones e carregando uma mochila nas costas. Olhando aquela menina, andando pela rua, como se ela fosse a única menina da rua, como se seu mundo fosse o único correto, com passos calmos de quem nao tem nenhuma aflição ou preocupação, me lembrei que também já tive estes momentos, onde o mundo era só meu, todos os sonhos eram possíveis e que pensar em nada, nadinha mesmo era uma constante.
Fiquei acompanhando o andar da menina e lembrando que daquele ponto onde ela estava e o ponto onde estou, aconteceram tantas coisas, boas e ruins que me tornam o que sou hoje. E que meus passos  as vezes calmos e as vezes apressado me fazem feliz.
E como sou mãe, ao mesmo tempo que me via, também enxergava os passos dos meus meninos e como vai ser bonito quando eles pensarem que são os únicos do mundinho que eles criarem para eles. Estiverem trilhando seu próprio caminho, mesmo que no inicio sem direção.
O importante é entender os meios e não o fim. O importante é sempre ter passos leves como da menina, escutar sua musica favorita e pintar o mundo com as sua cores.