terça-feira, 13 de junho de 2023

Aborrescente? Nunca! Gente muito interessante...

 Gosto de escrever, gosto de colocar meu coração nas  palavras, é um jeito de desabafar em silêncio, de colocar pra fora as milhares de vozes que tem dentro da minha cabeça.

Outro dia me lembrei que um dia eu tive um blog, meio que sobre a maternidade, mas tb não tinha como escrever sobre outra coisa, eu estava afogada na maternidade e todos os assuntos possíveis e imagináveis que envolvem o criar dois meninos.

Pois então, resolvi voltar a escrever por aqui, me ajuda muito a alinhar meus pensamentos, ou simplesmente constatar que esta tudo indo por onde imaginei mesmo. E qual o tema que escolhi? Falar de filho, não tem jeito, mas o que eu quero abordar para variar é contraditório no eterno 8 ou 80 da minha vida todinha.

Hoje minha divagação é sobre a adolescência de hj e como estou amando ser mãe de adolescente. Quando o Francisco estava perto dos 13 anos e começaram as mudanças nele, hormônais, comportamentais e corporais, sentei com ele e tive uma conversa muito bacana, o Chicão é desses caras que escutam, absorvem, as vezes discute, as vezes apenas fica digerindo até trazer uma conclusão, a minha conversa com ele foi como tudo iria mudar nele e entre nós por conta da adolescência e pedi para ele ter paciência comigo, até porque nunca fui mãe de adolescente e que iríamos aprender juntos e que para isso ele deveria falar comigo principalmente o que eu o incomodaria, vamos combinar, mãe incomoda muita gente.

E foi assim com essa tranquilidade que entrei para o mundo de possibilidades infinitas que é a adolescência de hoje, pelo menos por aqui. Francisco como sempre é minha cobaia, ainda bem, pois ele é muito tranquilo e fácil de lidar, diferente do meu pqno pimentinha, mas que também não tenho tantos impasses. (Tirando a fase dos 13 anos que é a fase em que eles viram o cramunhão em pessoa, mas isso falarei em outro post).

Alguém aí se lembra ou já viu o filme "Yellow Submarine" dos Beatles? Não sendo mais adolescente, enxergo hoje ela de fora e acho que ela é esse mundo colorido, alegre, cheio de possibilidades, as vezes assustador, com muitas cores, muitas risadas, muita troca de experiência e muita experimentação, quase uma viagem lisérgica mesmo, onde se vc estiver preparado e amparado vai ser muito divertido.

Dizendo tudo isso e constatando que eu fui adolescente há algumas décadas atrás (melhor não comentar essa parte), apenas observo essa turma na atualidade, que em muitos aspectos não é muito diferente do que eu fui, mas em outros aspectos eles são absurdamente mais evoluídos do que a gente foi na nossa época.

Vou explicar, sempre digo que os adolescentes são maravilhosos pelo simples fato de me aterrarem no presente, ou seja, qdo sento com a galera que são os amigos dos meus filhos eles sempre me trazem novidades e perspectivas de como enxergam e agem pelo mundo de hoje, posso dizer que são já pessoas maravilhosas, sem questões e tabus que os adultos insistem em discutir, possuem uma empatia pelo outro quase budista, estão sempre dispostos a ajudar. E o tanto que gostam de uma discussão cabeça???

São pessoas muito interessantes que me trazem novos termos, palavras, gestos, que me mostram que o amor é pra ser vivido e não discutido, padronizado ou encaixotado. E os sons que eles fazem, normalmente são risadas soltas, as vezes rola aquele besteirol genuíno, só pra tirar uma onda dos amigos, uma delícia...

Além do mais tenho a sorte de ter 2 adolescentes muito diferentes, mas igualmente bacanas nos seus propósitos. Um artista, com sua turma de humanas, preocupados em mudar e entreter o mundo através de mensagens áudio visuais tão claras quanto um tapa na cara, pessoal que escuta Jardes Macalé, O Grilo, chorou quando a Gal Costa e a Rita Lee morreram, almas velhas, gente que veio para acalmar essa vibração de ódio e velocidade dos nossos tempos.

Meu outro adolescente é um esportista, lutador, a turma dele me ensina que mesmo tendo pouca idade, ter um objetivo, ter foco e fazer seu corpo trabalhar para vc é um exercício mental e tanto, que devemos cuidar do nosso instrumento de trabalho (corpo e mente) com um esmero sem tamanho, isso começa na alimentação, na repetição infinita de movimentos até atingir a excelência. É o pessoal da resiliência, da insistência e também do grupo, de torcer um pelo outro, de dar apoio um para o outro, dar o ombro quando o objetivo não é alcançado e bora voltar a treinar pro próximo campeonato.

Então, quando falam que adolescente é chato, é cheio de mimimi, chamam de aborrescente, fico P da vida, pq o que tenho em minha volta são pessoas tão cheias de vida e tão interessantes que eu gostaria de ser uma mosquinha para ficar acompanhando o dia delas. São tantas oportunidades, tantas possibilidades que chegam explodir luz. E qdo eu digo que se tiverem preparados e amparados é sobre todo o afeto que tiveram desde sempre em casa e se sentirem seguros para desbravarem essa viagem lisérgica que é a vida sem entrar numa "bad trip". É
simplesmente a hora de vc adulto, confiar em tudo que vc colocou nessa caixinha e confiar que vai dar bom...



terça-feira, 29 de agosto de 2017

Sobre o vento

Sabe, desde criança, gostava muito do vento, de sentir o vento, tanto que uma das minhas atividades prediletas qdo era adolescente em dia de vento era ir pra varanda da minha casa e ficar em pé deixando o vento me despentear, como se meus cabelos tivessem vida própria. Sentir o vento ressecar o rosto e a pele esticar, isso me fazia me sentir viva, me sentir pertencendo ao mundo, a natureza.
O vento é o ar em movimento, nunca esqueci essa frase da aula de ciências. E achava incrível como ele dava vida a coisas inanimadas, até hoje acho....
Cresci e continuei gostando do vento, mas de formas diferentes, não tinha mais a minha varanda.
Por isso acho que um dos motivos de eu gostar tanto do inverno tb é o vento. O vento gelado, que deixa as bochechas duras, as mãos geladas e me lembra novamente que estou viva e preciso me proteger, que preciso sobreviver.
Então ficamos adultos, temos que batalhar o nosso dia-a-dia, matar um leão por dia e eis que não sentimos mais o vento, ou melhor, esquecemos de percebê-lo, pq ele esta ali. Ele faz que a tal sensação térmica fique pior, ele refresca nos dias abafados e a gente só focado em ganhar mais um dia, vencer mais uma parada. Trabalhamos anestesiados, no automático
Mas o que mais me surpreende no vento são as épocas que depois de muita luta, depois que consigo passar a arrebentação, ele se faz presente novamente, ele se faz sentir.
Depois de épocas conturbadas, ou até sombrias, qdo consigo ver a luz do túnel novamente, chega meu amigo vento me acarinhar, mostrar no meu rosto, sua intensidade, sua temperatura e a minha vida....
E hoje apesar do dia abafado, enquanto levo as crianças para escola, num dia rotineiro, ele vem de novo pela janela do carro me avisar que a época de melancolia acabou, que eu devo sentir ele enrugando meu rosto novamente e acreditando que a vida esta em movimento o tempo todo.


quarta-feira, 19 de julho de 2017

Escolhas....





Hoje vou de textão...
Ontem assisti ao péssimo programa do Bial, com a presença da Cássia Kis, que até onde eu imaginava era uma mulher esclarecida, muito culta e "cabeça'. O personagem Bial não precisa de descrições.
Então, como Bial esta "grávido" e abobalhado, já levou o tema de maternidade e filhos pelo menos duas vezes que eu vi. Então o tema era a maternidade e o aumento dos casais que decidem não ter filhos.
Em cima de estatísticas foi um show de horror de opiniões (Bial e Cássia) de quem não desce do Olimpo para saber a situação real do país e de qto o mundo esta mudando.
Cássia Kis que teve seu primeiro filho aos 38 e depois mais 3, disse que é maravilhoso como experiência e aprendizado ter filhos, eis que Bial apresenta uma moça de 29 anos que disse ter decidido com o companheiro de não ter filhos, uma típica mulher dessa década, com cabelo rosa, óculos bacanézimo e opinião e peito o suficiente para carregar seus arrependimentos para o resto da vida.
Eis que a atriz que eu achava cool, com opiniões, começa a meio que vir com aquele discurso superior, que como é mãe, tem essa vivência e como a moça moderna do cabelo rosa ia abrir de tão fantástica experiência que nos engrandece sobrenaturalmente. O moça ficou sem graça e eu tb.
Graças a Deus a Mariana Varella estava lá para eu não mudar o canal tão rápido, explicando que hj temos muitas escolhas ao ser mulher e todas tem seu ônus e bônus. E tb disse, o que não é novidade para quem não mora no Olimpo, que essa discussão é de uma classe média privilegiada, nas periferias, as meninas continuam sendo mães aos 14 anos de idade e que é uma maneira tb de ter algum status por lá, onde a comunidade olha mais pra essa menina.
Enfim, Deixa eu explicar uma coisa pra vcs queridos globais, estamos em 2017 e estamos lutando por menos esteriótipos e mais liberdades de escolha. Não ter filhos é uma escolha, e nessa vida, nenhuma escolha é definitiva, sempre podemos mudar de ideia, mas senão entendam, ser mãe, com toda a doriana que nos vendem é uma invenção. Antigamente era necessário ter filhos para sucessões de reinos, garantir territórios ou simplesmente virar mão de obra, século passado era importante os filhos para o desenvolvimento da sociedade e o crescimento do consumo, e como homem não pari jogam mais essa pra nós, como se a vida fosse nascer, crescer e reproduzir, até Darwin arrepiaria com tão simples descrição da humanidade.
Na verdade foi pura vergonha alheia, Bial e Cássia Kis pareciam duas testemunhas de Jeová tentando converter os "pecadores" de sua vida nas sombras. 
Estamos no século 21, por favor, existem mil combinações de ser feliz, até a tradicional, não podemos colocar o carimbo na testa dos diferentes e deduzir que são menos felizes pq não estão completos. Já nascemos completos!!!
E por último Bial solta uma estatística do BR em 2050, que seremos uma nação com 30% da população idosa, a atriz quase pula achando que aí esta o argumento final pra todo mundo sair reproduzindo. Se situa colega, isso é bom, não podemos aumentar vertiginosamente as bocas pra comer, talvez não tenha comida para todos, talvez não tenha emprego para todos, talvez nem todos queiram trabalhar.
Ah! E só pra avisar se a lindona do cabelo rosa cool não mudar de ideia e não tiver filhos, a humanidade não vai se extinguir....
PS.: Este texto é para dois sem filhos que tenho certeza que seriam ótimos pais e seria ótimo ver miniaturas deles por aí, mas que são melhores ainda como tios que só estragam e ensinam muitas coisas que só eles sabem, por serem exatamente como são! Tks Tato Sabo e Deborah Miron.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Divagações para o futuro.

Cada dia que passa me pego filosofando sobre comunidades, sobre viver em sociedade, talvez porque logo meus meninos estarão solto neste mundão lindo de meu Deus.
A última filosofia aconteceu na aula de natacao (sim, eu medito enquanto eu nado). Estava dentro da piscina assistindo a professora ensinar meu mais novo a mergulhar de fora da piscina, eles pulavam, saiam pela escada e faziam fila pra tentar novamente. Quando de repente uma menininha furou a fila na frente do meu distraído, fiquei na minha, afinal a aula não era a minha. Uma amiga avisou onde começava a fila e ela voltou pra trás do meu pequeno, mas depois de 10 segundos passou a frente novamente. Fui terminar minha série, aquele pepino não me pertencia.
Já no banho fiquei pensando na pequena fura fila e lembrei que este final de semana também vivenciamos isto num restaurante, onde uns espertinhos sentaram na nossa frente, enquanto aguardávamos que nos chamassem pelo nome na lista.
Pensei na menininha, lembrei da mãe da pessoa, a qual observo sempre o comportamento. A adulta responsável pela pequena, é uma boa mãe com certeza, mas tem o péssimo hábito de super proteger a criança e ainda sempre colocar a culpa em causas externas para o comportamento da menina, a qual já apresenta algumas características indesejáveis de crianças super protegidas, como o medo excessivo de coisas inexplicáveis e de se afastar muito da sua mãe.
Segunda etapa da divagação. Estou numa fase difícil novamente da vida adulta, na qual o maridon está desempregado e na crise (e só!), fiquei pensando o que é a vida, senão um eterno curar feridas e seguir em frente, levantar e sacudir a poeira. Agora conectando, as crianças super protegidas não se machucam, física ou psicologicamente, seus pais estão fiscalizando constantemente para que isso não aconteça, com isso vai acontecendo uma transformação bizarra do ser humano, ele tem medo de arriscar, sim porque a informação que ele tem sempre é que se passar da linha vai se dar mal de alguma maneira; ele não sabe seguir em frente, pois quando alguma coisa da errado ele não têm o plano B na manga, mas como ter o plano B, ou raciocinar o plano B se tem alguém sempre pra resolver o pepino. E pra mim a pior de todas, o egocentrismo, quem é super protegido tem certeza que o mundo gira em torno de si, pois afinal, quem é mais importante no mundo,  quem tem sempre o tapete vermelho estendido na frente para que passe ileso a todas as provações.
Projetando para o futuro, acho que corremos o risco de criar uma geração muito informada sobre ecologia, sobre sustentabilidade, sobre tecnologias, mas pouquíssimo ligada a viver em sociedade, afinal são todas criadas para nunca se machucarem, mas se machucarem alguém não tem tanto problema, as vossas altezas podem tudo, até passar na fila do restaurante, com lista e tudo.
Quando é que as pessoas vão entender que o medo também é um produto. Compartilho da ideia que o mundo não é tão perigoso quanto pensamos, perigoso era ter um gato preto na idade média e ser queimada na fogueira, enfim, o mundo tem mais gente, estatisticamente, proporcionalmente mais desgraças.
Então por favor, quando seu filho pedir pra fazer algo sozinho, o deixe, segure sua onda e nem espione. Ele provavelmente vai se machucar, mas também vai crescer e se ele te perguntar porque você permitiu se sabia que ele ia se dar mal, só responda que vc realmente acredita na capacidade dele.


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Desabafo de uma mãe de menino

Nas últimas semanas é sabido que tem tido um levante feminista muito importante. Tudo começou com o #meuprimeiroassedio, onde as mulheres contam os assédios sofridos desde a mais tenra infância. Claro que foi chocante e muito revelador, eu mesma escrevi sobre a primeira vez que fui assediada aos oito ou nove anos de idade.
Foi muito bom a sociedade debatendo esse assunto, vendo como é mais comum do que imaginamos, vendo como crianças são tratadas como objetos sexuais e como tem atitudes de mal gosto por aí. Acho isso muito maduro como sociedade, para evoluirmos e cada vez caminharmos para a tal igualdade de gêneros, se bem que neste caso não acho bem essa conotação, mas isso é outra história.
Nesta semana começou outro movimento, outra bandeira levantada pelas cyber feministas, o #meuamigosecreto, onde as mulheres falam de atos machistas de pessoas do seu círculo de amizades, na verdade é uma denúncia a hipocrisia de alguns, que se dizem modernos e no fim são super retrógrados, tipo pessoas do século retrasado, sim pq tem mulheres que podem ser incluídas nesse time.
Enfim, acho tudo isso muito válido, na verdade acho sensacional, até a página 2, quando começa os radicalismos, quando começamos a generalizar, quando começamos a só reclamar e não procurar soluções.
O que vem me assustando, até porque me atinge diretamente, são as queimaduras de sutiã do cyber mundo, as diretas para as mães de meninos, como se toda a desgraça que a mulher sofre no mundo é porque a mãe de algum homem não soube o ensinar a dar valor às mulheres. Detalhe, tenho 2 meninos e encho o saquinho deles com questões de igualdade de gêneros, do tipo, todo mundo pode fazer tudo o que quiser, contanto que não prejudique o próximo, mas todos somos capazes de sermos o que quiser, ou seja, as meninas vão jogar no seu time sim.
Na verdade, depois de ler muitos depoimentos e delações não premiadas de amigos secretos fez eu ficar cá com meus botões pensando no presente, passado e futuro da humanidade. No presente chego à conclusão de que é assustador como as pessoas nas redes sociais levam tudo a ferro e a fogo, como os extremismos chegam a uma falta de compreensão, de tolerância, de empatia e como sempre é muito mais fácil colocar a culpa no outro e vez de se mexer e mudar o que te incomoda.
O futuro me preocupa bastante, pois vejo que as mulheres buscam, buscam e buscam o seu feminino, mas acabam guerreando como homens, comprando briga como homens, tentando ser melhores ou mais valorizadas do que os homens. Pelamor!!!! Não acho que mereçamos um podium, mas se queremos igualdade de gêneros não podemos nos colocar em posição de vencedoras vítimas da sociedade. Que tudo sempre é muito injusto para nós e que os machistas são uns opressores babacas. Arregaça a manga e fala na cara do babaca que ele é babaca, quem sabe assim ele acorde e mude, ou no mínimo vc nunca mais vai ter que tolerá-lo, pq com certeza ele vai passar a metros de distância de vc. Talvez vc perca o emprego, o amigo, o namorado, enfim,mas toda mudança tem seu preço. Não adianta ficar de mimimi no presente.
Às vezes enxergo o futuro exatamente ao contrário do presente, as mulheres sendo opressoras e os homens submissos, quase como naquela animação que ETs sequestram mães humanas para cuidarem dos seus bebês e os homens vivem felizes num submundo bagunçado e festeiro.
O passado minhas amigas, nós mulheres somos tão culpadas qto os homens. Se mãe de menino tem responsabilidade por um mundo melhor (Putz, que peso nas minhas costas), por ensinar a eles serem mais gentlemen, talvez príncipes Disney (lado sarcástico falando), às mães de meninas também tem muita responsabilidade, pelo simples fato de que não podemos repetir o erro de nossas mães, as primeiras queimadoras de sutiã, as primeiras consumidoras de pílula anticoncepcional.
Explico, eu cresci ouvindo que eu tinha que ser a melhor em tudo que eu fazia, na verdade era quase uma mantra, que eu tinha que ser uma pusta profissional, bem sucedida, ganhando muito dinheiro, que eu tinha que ter uma casamento da propaganda da Doriana, ser uma dona de casa zelosa, mesmo pilotando empregadas, ou não e claro o gran finale, ser linda, sexy e esposa fogosa. Gente, para pra pensar e veja se isso é humanamente possível. Ah! E tem uma frase que minha mãe dizia que até hj ecoa na minha cabeça.......seja independente financeiramente!!!!
Então minhas amigas, mães de meninas, ensinem suas filhas a terem a vida leve, ensinem a elas que se elas quiserem ser donas de casa, felizes, com o avental sujo de ovo, isso é lindo também. O importante é se realizar pessoalmente, se ela quiser ser uma grande executiva, nunca casar e nunca ter filhos, isso também é possível e que ela lute para que a sociedade e principalmente as mulheres achem isso legal, pq se vc decidir uma coisa ou outra citada, as mulheres vão te criticar, até porque várias delas vão achar que vc poderia e deveria ser o mantra da minha mãe, é muita vagabundice ou egoísmo ser só uma opção.
Ensinem também que elas não precisam ser tudo ao mesmo tempo agora, que há o tempo do trabalho, que há o tempo de abrir mão de tudo e sempre há o tempo para amar e que quando os homens não são aqueles que sonhamos, não se iludam com o poder da metamorfose, do "eu vou mudar ele". Até pq um sexo bom vc pode ir experimentando e arranjar um PA......
Ensine a sua filha que rir e estar junto é o melhor dos relacionamentos e que sapos não devem ser engolidos nunca, e se o cara tiver 2m de altura, você veste sua coragem e fala mesmo assim, NÃO GOSTEI!
Enfim, acho que a responsabilidade por um mundo melhor está sim nas mãos das mães, mas também na dos pais, de vários meninos e meninas que ainda não pensam na questão de gênero e que devemos fazer com que eles continuem a pensar assim, pois afinal somos todos iguais, homens e mulheres, com a única diferença da nossa capacidade de parir, mas que isso não nos faz melhor do que eles.





sexta-feira, 31 de julho de 2015

Porque não???




Sempre fui anarquista, questionadora, inconformada. Desde pequenina, mesmo!!! Já dava trabalho para as professoras e para meus pais com vários porque não.
Hoje, já adulta com 40tinha e dois filhos me vejo encurralada pelo meu jeito de ser.
Minha história começa comigo me defendendo do direito de ter nascido estrábica (oi???), batia em todos os meninos que me enchiam o saco por uma coisa que eu sabia que eu era, as meninas viviam no mundinho rosa e chato delas, depois fiquei adolescente e continuei me defendendo e causando confusão na mente dos meninos que se sentiam atraídos, mas me renegavam, pq eu era uma coisa que eles não conseguiam explicar e pior eu sempre me amei assim, coisa que causava mais confusão ainda na cabeça de todo mundo, por mais que tentassem me desconstruir.
Na faculdade também causei, principalmente com professores que achavam que eram o máximo e eu o mínimo, conseguia tirar notas excelentes até que um tentou me bombar por falta, mas felizmente tinha provas que ele me deu falta bem num dia que ele mesmo faltou!
No trabalho, fui mandada embora por insoburdinação, isso pq minha chefe não conseguia ouvir sobre os planos que ela me perguntava se iriam dar certo e respondia que era melhor mudar o foco (Se não quer ouvir a opinião, não pergunte!!!).
Hoje minha profissão é ser mãe, sim, com muito orgulho, mas parece que ser só isso não é o suficiente para a sociedade. E o que eu já desconfiava é pura realidade.
Só uma observação, tentei ser empresária, mas no nosso país isso é quase uma atividade para mártir e acho que não nasci pra isso, só acho.
Eu penso que criar pessoas para este é mundo uma tremenda responsabilidade, afinal é o futuro do mundo.
Vamos ao que interessa afinal, novamente digo, hoje meu trabalho é ser mãe, sim e é muito trabalho, gerenciar a vida de pessoas que ainda não possuem informação e experiencias o suficiente para tomar suas próprias decisões é punk, é uma puta bucha, mais difícil que qualquer emprego que você possa imaginar, por que além da formação das pessoinhas envolvidas, envolve sentimentos e relações.
Pois então, estou numa relação de divórcio com escola dos meus filhos, que até 1 ano atrás para mim era perfeita, mas por vários motivos está me decepcionando e como meu trabalho e responsável que sou, estou procurando outras opções. O problema é que eu descobri o mundo cruel das mães, que te julgam e te rotulam por não pensar igual a elas, então chego a conclusão do início da minha vida, eu questiono e tiro as pessoas da zona de conforto, coloco cinza no mundinho rosa, como toda boa sagitariana, enxergo a vida crua como ela é.
Infelizmente chego a conclusão, mais uma vez, que rotular é a opção mais simples e aniquiladora que as pessoas enxergam para não pensar fora do quadrado. Ninguém tem empatia o suficiente para tentar enxergar um ponto de vista de diferente e começar uma discussão saudável para melhorar a vida de todos.
Ou seja, descobri que meu rótulo da vez, como já imaginava é........essa aí precisa arrumar um trabalho para parar de questionar o sistema perfeito da escola perfeita que eu escolhi. Se ela trabalhasse não teria tempo para ficar perturbando as professoras e coordenadoras.
NÃÃÃÃOOOO!!! Eu ia perturbar do mesmo jeito, talvez teria menos tempo de ser tão detalhista, mas a questão é que se eu pago por um serviço, quero ele entregue integral. A questão é, a escola é a formação dos conhecimentos inúteis do meu filho e custam caro pra caraí!!! A questão é, a escola não é perfeita, ou eu que mudei, mas no final não serve mais pra mim e eu questiono, como ensino aos meus meninos que temos que sempre que perguntar se estamos em dúvida da veracidade dos fatos.
Enfim, infelizmente descobri que as mulheres não conseguem ser solidárias umas com as outras, principalmente quando desconstruímos seu mundinho rosa e plantamos dúvidas nas suas cabeças e metas de Doriana. Infelizmente nunca conseguiremos um respeito uniforme da sociedade, pq não conseguimos respeitar as diferenças dentro do nosso próprio gênero. Aliás acho uma bobagem esse negócio de gênero, gosto de seres humanos.
Por que não podemos dar nossa opinião? Por que não podemos ser comos somos? Por que não respeitam nossa personalidade? Cadê as pessoas que gostam das outras de graça? Eu gosto de várias pessoas completamente diferentes de mim, totalmente de graça....
Concluindo, como disse uma amiga há pouco, estou estigmatizada e no mundo dos adultos o que conta são seus egos.
E num mundo de certos e errados não existe discussão para um caminho do meio........
Como é solitário ser Bandeirante e abrir as picadas!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Os meus, os seus, os nossos.....



Tenho a sorte de conhecer gente boa, pessoas de alma boa, pessoas alegres de bem com a vida, que mesmo com dificuldades tenta enxergar o lado bom, ou apenas fazer um desdém, quase uma birra com o destino, como criança que não quer obedecer.
Aliás, crianças são excelentes tutores para reaprender a simplificar a vida, enxergar com os olhos do descomplicado.
E foi assim através das crianças que conheci uma família mais que especial, pessoas de bem com a vida, alegres e agregadoras.
Foi assim que conheci ela, que tem nome de flor, alma de menina, não tem tempo ruim, olha com o canto do olho e se cala quando está de mau humor. Não para nunca, mesmo exausta quer pintar parede. Ela que vive no meio das crianças, trabalha com as crianças e pensa que sempre cabe mais um, seja na mesa, na bagunça, no galho da árvore e no coração.......
Ele, um chinês com nome de mafioso italiano, sorriso largo e alma de moleque, mas daqueles moleques traquinas, sempre traquinando, ensinando artes pros meninos mais novos, pro desespero das mães. Ele que tB quer ver casa cheia, cheia de amigos, filhos, comida e amor...
Veja só, estas duas almas se encontraram, se desencontraram e se encontraram novamente. Na época do desencontro seguiram suas vidas e se multiplicaram, mas nada disso os impediu de querer continuar agregando, somando e dividindo.
Essas duas almas enormes, com coração com muitas vagas se reencontraram, se multiplicaram novamente e resolveram dividir a alegria de tanto amor é tanta soma com os que eles amam e sim amamos eles e suas pequenas miniaturas.
E eu nessa história? Só agradeço de ter virado da turma dos nossos, aliás, uma turma imensa, feliz e animada, nossos filhos, nossos parentes, nossos trecos e cacarecos e nossos amigos!
Gratidão eterna Daysoca e Lu.