sexta-feira, 31 de julho de 2015

Porque não???




Sempre fui anarquista, questionadora, inconformada. Desde pequenina, mesmo!!! Já dava trabalho para as professoras e para meus pais com vários porque não.
Hoje, já adulta com 40tinha e dois filhos me vejo encurralada pelo meu jeito de ser.
Minha história começa comigo me defendendo do direito de ter nascido estrábica (oi???), batia em todos os meninos que me enchiam o saco por uma coisa que eu sabia que eu era, as meninas viviam no mundinho rosa e chato delas, depois fiquei adolescente e continuei me defendendo e causando confusão na mente dos meninos que se sentiam atraídos, mas me renegavam, pq eu era uma coisa que eles não conseguiam explicar e pior eu sempre me amei assim, coisa que causava mais confusão ainda na cabeça de todo mundo, por mais que tentassem me desconstruir.
Na faculdade também causei, principalmente com professores que achavam que eram o máximo e eu o mínimo, conseguia tirar notas excelentes até que um tentou me bombar por falta, mas felizmente tinha provas que ele me deu falta bem num dia que ele mesmo faltou!
No trabalho, fui mandada embora por insoburdinação, isso pq minha chefe não conseguia ouvir sobre os planos que ela me perguntava se iriam dar certo e respondia que era melhor mudar o foco (Se não quer ouvir a opinião, não pergunte!!!).
Hoje minha profissão é ser mãe, sim, com muito orgulho, mas parece que ser só isso não é o suficiente para a sociedade. E o que eu já desconfiava é pura realidade.
Só uma observação, tentei ser empresária, mas no nosso país isso é quase uma atividade para mártir e acho que não nasci pra isso, só acho.
Eu penso que criar pessoas para este é mundo uma tremenda responsabilidade, afinal é o futuro do mundo.
Vamos ao que interessa afinal, novamente digo, hoje meu trabalho é ser mãe, sim e é muito trabalho, gerenciar a vida de pessoas que ainda não possuem informação e experiencias o suficiente para tomar suas próprias decisões é punk, é uma puta bucha, mais difícil que qualquer emprego que você possa imaginar, por que além da formação das pessoinhas envolvidas, envolve sentimentos e relações.
Pois então, estou numa relação de divórcio com escola dos meus filhos, que até 1 ano atrás para mim era perfeita, mas por vários motivos está me decepcionando e como meu trabalho e responsável que sou, estou procurando outras opções. O problema é que eu descobri o mundo cruel das mães, que te julgam e te rotulam por não pensar igual a elas, então chego a conclusão do início da minha vida, eu questiono e tiro as pessoas da zona de conforto, coloco cinza no mundinho rosa, como toda boa sagitariana, enxergo a vida crua como ela é.
Infelizmente chego a conclusão, mais uma vez, que rotular é a opção mais simples e aniquiladora que as pessoas enxergam para não pensar fora do quadrado. Ninguém tem empatia o suficiente para tentar enxergar um ponto de vista de diferente e começar uma discussão saudável para melhorar a vida de todos.
Ou seja, descobri que meu rótulo da vez, como já imaginava é........essa aí precisa arrumar um trabalho para parar de questionar o sistema perfeito da escola perfeita que eu escolhi. Se ela trabalhasse não teria tempo para ficar perturbando as professoras e coordenadoras.
NÃÃÃÃOOOO!!! Eu ia perturbar do mesmo jeito, talvez teria menos tempo de ser tão detalhista, mas a questão é que se eu pago por um serviço, quero ele entregue integral. A questão é, a escola é a formação dos conhecimentos inúteis do meu filho e custam caro pra caraí!!! A questão é, a escola não é perfeita, ou eu que mudei, mas no final não serve mais pra mim e eu questiono, como ensino aos meus meninos que temos que sempre que perguntar se estamos em dúvida da veracidade dos fatos.
Enfim, infelizmente descobri que as mulheres não conseguem ser solidárias umas com as outras, principalmente quando desconstruímos seu mundinho rosa e plantamos dúvidas nas suas cabeças e metas de Doriana. Infelizmente nunca conseguiremos um respeito uniforme da sociedade, pq não conseguimos respeitar as diferenças dentro do nosso próprio gênero. Aliás acho uma bobagem esse negócio de gênero, gosto de seres humanos.
Por que não podemos dar nossa opinião? Por que não podemos ser comos somos? Por que não respeitam nossa personalidade? Cadê as pessoas que gostam das outras de graça? Eu gosto de várias pessoas completamente diferentes de mim, totalmente de graça....
Concluindo, como disse uma amiga há pouco, estou estigmatizada e no mundo dos adultos o que conta são seus egos.
E num mundo de certos e errados não existe discussão para um caminho do meio........
Como é solitário ser Bandeirante e abrir as picadas!

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